Com tantas mudanças em nosso cotidiano, sejam nas relações pessoais ou profissionais, surgiram novos desafios à advocacia. As transformações, nomeadas de “advogado 4.0”, #advocaciadigital, entre inúmeros títulos, trazem o questionamento se o profissional da área realmente deve atuar de maneira distinta de como fazia há 6, 8, 10 anos atrás.
Princípios da advocacia como probidade, independência, decoro, ou seja, o que é essencial e faz parte da maneira com que se atua, são imutáveis, pois pela sua própria natureza superam a ordem do tempo. Porém, o novo advogado também deve compreender as relações que se tornam cada vez mais intangíveis, como também entender sua atuação.
Os generalistas, que sempre foram criticados por se acharem “experts” em todas as relações jurídicas e expressarem sua compreensão em quase todos os assuntos, foram deixados para trás pela força do tempo. Num passado não muito distante, os especialistas em determinadas searas do direito também foram criticados por uma visão limítrofe, rotulada por lhes faltar a compreensão do todo.
Por isso, ser um especialista com uma boa bagagem do cenário do direito, da economia, das relações interpessoais e principalmente da sua área de atuação, é um dos principais requisitos necessários para exercer a profissão com excelência. A LGPD, o Compliance e as mudanças das relações virtuais vieram para demonstrar que tais avanços trazem a necessidade de uma visão mais ampla da sociedade para o novo profissional.
Além disso, a grande velocidade da informação impõe transformações que podem fazer com que um novo cliente se torne o novo unicórnio do momento, enquanto, em paralelo, outro cliente com maior experiência de mercado necessita fechar as portas porque não se adequou ao novo. Assim, é necessário que o novo profissional entenda em que cenário da história está posicionado e qual a melhor forma de enfrentar os novos desafios da advocacia, sem esquecer de manter o foco nos sonhos que tanto almejou quando conseguiu sua habilitação na OAB.